segunda-feira, 31 de outubro de 2011

AMASSA!

Voltando a postar no blog depois de quase um ano!!

E postando nada mais, nada menos, do que AMASSA!

Pra quem ainda não viu, AMASSA! é um espetáculo de dança, teatro, musica e pão. A peça utiliza várias linguagens artísticas para compartilhar a história de um padeiro e duas mulheres. O clima de tango junto com três atores-performers e muita farinha, além de dois musicos tocando ao vivo, transformam o palco em um belíssimo show cheio de sensualidade, amor...

O projeto nasceu no 1º semestre de 2011 na Universidade de Brasília a partir de uma disciplina de Direção, idealizado pela aluna Julia Gunesch (eu, rs) e orientado pelo professor Jesus Vivas. Ao apresentar o projeto, me acharam meio doida por querer fazer tanta coisa em tão pouco tempo. Eu queria atores, músicos e dançarinos, tango, zouk, arte marcial... Eu sabia o que queria, mas não sabia como realizar. Pedi ajuda para vários colegas da sala em relação a que situação colocar o homem e as duas mulheres. Foi em uma das aulas que surgiu a ideia genial. Estava conversando com uma colega, Natasha Padilha, e queria um lugar que não fosse óbvio para um tango. Do nada ela diz "Julia, o que você acha de uma padaria? Imagina só aquela farinha voando...." e lá foi a minha imaginação na farinha. Natasha, obrigada de todo o grupo pela ideia sensacional!!!

Com um "lugar definido" veio todo o fio da história. Seria um padeiro e duas mulheres. Agora tinha que encontrar os atores pra fazer o que estava idealizado. A unica "exigência" era que tivessem alguma experiência com dança, qualquer uma. O mais complicado é que eu queria um processo de criação coletiva. Então não era qualquer um que ia querer fazer isso. Bom, chamei a Rebeca Castelo Branco pois tinha uma identificação com ela e não sabia de onde tinha vindo. Ela aceitou. Daí fiquei louca atrás de um homem (homem é sempre mais dificil) falei com alguns mas muitos nao tinham tempo e etc. Alguem me falou do Paulo Victor Gandra, que ele dançava e tal... eu não o conhecia muito bem ainda, mas gostava muito do que já tinha visto dele... ele também topou. Daí ele me sugeriu a Haila Beatriz, me disseram que ela dançava forró e chamei ela também... e ela também topou!


Desde o início eu ja tinha musicos, mas eles nao tinham horário disponível para ensaiar. Consegui os atores, perdi os músicos. Foi aí que encontrei o Lucas Muniz (Lula Muniz) tocando no departamento de artes cênicas, e o melhor: ele toca acordeon! Perguntei se ele queria fazer parte do projeto e ele topou prontamente, e o mais interessante é que ele já tinha alguma experiência com Tango, tanto na dança quanto na musica. Pela dificuldade de horarios acabou que apenas o Lucas continuou no processo até o final. Ele disse que tinha um amigo que tocava flauta transversal, o Bill Davison, ele entrou bem no final do processo e está conosco até hoje!

Bom, depois da saga recrutamento de integrantes começamos os ensaios. Nos ensaios a proposta era que todos fizessem as aulas e os treinos (atores e musicos) para que todos estivessem na mesma vibe. Eu passei um poudo do que sabia de Tango para eles, tivemos pouco tempo e não dava para ficar na técnica a maior parte dele. Construímos toda a dramaturgia juntos a partir de improvisos com o tango, com a farinha e com os músicos tocando. Uma das músicas inclusive é de autoria deles, e foi nomeada "Tango à Padaria". hihihih

Foi um processo muito gostoso e interessante de participar, todos eles são muito dispostos e entravam em qualquer maluquice que eu trouxesse para testar. As vezes eles mesmos queriam testar coisas. As apresentações no Cometa Cenas foram um sucesso, todos que viram gostaram muito e nós também ficamos muito satisfeitos com o resultado. No semestre seguinte (2º de 2011) fomos convidados a apresentar o espetáculo AMASSA! na aula inaugural do Ida (Instituto de Artes) como ultima apresentação no teatro Helena Barcellos antes de ser interditado para reforma.


Antes disso ja haviamos conversado sobre o assunto e estávamos todos dispostos a continuar com o espetáculo. Foi o que fizemos. Eles agora estão tomando aulas de Tango, Kung-Fu e em breve de mais coisas. Aproveitando para agradecer os professores Rafael Ribeiro (Tango) e Marcos Davi (Kung -Fu).

Bom, quem quiser assistir o espetáculo, se tudo der certo nos apresentaremos em dezembro novamente no Cometa Cenas, na UnB. Em breve posto aqui o dia e horário certinho. 

Fotos Cometa Cenas 1º/2011 e Aula Inaugural 2º/2011:
Foto: Rafael Toscano

Foto: Carol Matias


Foto: André Biato  

Foto: Carol Matias


Foto: André Biato
Foto: Roberto de Ávila
Foto: Roberto de Ávila

Ficha técnica AMASSA!

Direção: Julia Gunesch
Elenco: Paulo Victor Gandra, Rebeca Castelo Branco e Haila Beatriz.
Músicos: Lula Muniz e Bill Davison
Iluminação: Marcelo Augusto e Ana Luisa Quintas.
Produção: Fakeda Laine

sábado, 21 de agosto de 2010

Zouk, um ritmo apaixonante.

Boa noite!

Em primeiro lugar quero agradecer a todos que já deram uma passadinha por aqui, quem deixou recado e também quem apenas visitou. Obrigada!

Bom, hoje vou falar um pouco sobre o Zouk, ritmo que encanta e apaixona quem vê e principalmente quem dança. Para começar, é bom lembrar que Zouk não é uma dança, mas sim, um gênero musical. Sim, Zouk é um gênero musical e é originário da África. A maioria das bandas de Zouk são africanas e a maioria das músicas são cantadas em portugês de portugal, creole (dialeto africano), e em francês, por conta da colonização das ilhas pelos franceses. Eu disse a maioria, porque hoje já existem muitas bandas de zouk em vários outros países e que cantam em várias outras línguas, principalmente o inglês.

Se Zouk não é uma dança, então o que é isso que as pessoas dançam e chamam de zouk? Bom, na África eles dançam algumas outras danças na música Zouk, como Kizomba e Tarraxa, por exemplo,  é bem diferente do que a gente está acostumado a ver por aqui. Já no Brasil o que nós dançamos no ritmo Zouk é a famosa Lambada. Claro que com muitas adaptações pois, inclusive, as músicas em que a lambada é dançada originalmente são muito mais rápidas do que o Zouk.

Agora entrarei em uma parte um pouco delicada, pois é um assunto que quase sempre causa polêmica e desentendimentos. A forma como o zouk surgiu no Brasil. Não vou entrar em maiores detalhes sobre onde surgiu ou com quem surgiu, apenas porque surgiu.

A Lambada, assim como o zouk hoje, era fonte de renda para muitas pessoas. Muitos dançarinos viviam dessa dança, e quando a Lambada entrou em baixa essas pessoas ficaram sem ter de onde tirar dinheiro. A Lambada era considerada a dança proibida. Foi feito até um filme onde a lambada foi completamente sexualizada, e com isso as mães não queriam mais deixar as suas filhas dançarem lambada.

Nesse meio tempo o ritmo Zouk foi surgindo no Brasil, e a galera percebeu que a base era a mesma da lambada, e que era possível encaixar alguns dos passos da lambada no ritmo Zouk. Com o tempo foram surgindo vários estilos de Zouk, o Lamba-zouk que é chamado dessa forma apenas por respeito ao ritmo africano, o Zouk Love, o Neo Zouk, o Zouk Revolution, o Soulzouk, Zouk árabe, Zouk Brasileiro entre outros.

Existem muitas ramificações da dança Zouk brasileira, e ela pode ser dançada em diversos gêneros musicais além do Zouk, como no reggaeton, em músicas árabes, espanholas, paraguaias, remix, hip hop, entre outros. É preciso ter muito cuidado para não confundir a música com a dança. A música Zouk é uma coisa e a dança Zouk é outra, mas que se complementam perfeitamente e hoje pra gente o Zouk é uma dança deliciosa e que está em constante evolução e sendo disseminada da forma como conhecemos por todo o mundo.

Uma vez eu li um comentário sobre o zouk em um blog onde alguém havia perguntado se Reggaeton era zouk. A resposta foi essa: "Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é oooooutra coisa! Reggaeton (ou Raggaton?) não é zouk. Rap não é zouk. Hip Hop não é zouk. Soul não é zouk. Gipsy Gings não toca zouk. Paco de Lucía também não. Mas a gente dança assim mesmo"

Essa resposta foi genial, e é exatamente isso. Cada um dança zouk de um jeito, em uma musica diferente e é feliz. E é isso que importa. Dançar com a alma, apreciando cada segundo da música e deixando que aquele seja o melhor momento da sua vida. E lembrando sempre de respeitar as origens.

Aí está um pouco sobre esse ritmo maravilhoso. Espero ter ajudado e qualquer coisa que queiram acrescentar, criticar ou elogiar, é só deixar um recadinho ;) 

Abaixo, outra foto do meu primeiro baile de Zouk. Como disse no Post anterior, tenho muitas pessoas a agradecer. Primeiramente a galera que me iniciou nessa arte maravilhosa: as duas irmãs, Cintia Savoli e Patricia Ferreira, que tiveram a iniciativa de organizar o movimento de Zouk em Pirenópolis (GO) em 2006. Em segundo lugar aos professores que elas trouxeram da Bahia, e foram excepcionais: Tico (Marcelo), Máscara (Marcelo) e Super-Choque (Leilson). Muio obrigada por me apresentarem esse mundo maravilhoso que é a dança! :D

Na foto: eu (com 15 anos) e Máscara.



Obrigada novamente pela visita, e tenham um ótimo domingo!


Beijosss


Júlia Gunesch




sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mundo Artístico.



Olá, Boa noite!


Meu nome é Júlia Gunesch, e estou criando este blog para falar um pouco sobre as minhas experiências com a dança, com o teatro e com a maquiagem, que são três das coisas que eu mais amo fazer. Danço desde os 15 anos de idade, me maquio desde os 14. Meu pai é ator, então cresci no teatro, vendo ele ensaiar com o grupo e etc. Logo me apaixonei pela arte, e não posso nem discutir,"tá na veia". Pai ator, músico e artesão, mãe artesã. Logo, filha artista. E não há coisa melhor :).



Em primeiro lugar, vou falar um pouco sobre o que estou fazendo no momento: Sou estudante de Artes Cênicas na Universidade de Brasília, logo, atriz. Além disso, também sou bailarina de dança de salão, dança do ventre e tribal fusion, maquiadora, professora de inglês, e artesã nas horas vagas (que não tem sido muitas ultimamente). Enfim, faço varias coisas, mas esse blog, como falei anteriormente, será focado na dança, no teatro e na maquiagem.



Abaixo, uma foto minha no meu primeiro baile de zouk. Estava dançando com o Tico, um dos meus primeiros e melhores professores de zouk. Esse foi o primeiro ritmo que eu dancei na vida, e foi o que me fez estar aqui hoje. A dança hoje nao apenas faz parte da minha vida, mas sim, é a minha vida. Tenho muitas pessoas a agradecer e muito o que falar sobre o zouk, mas isso fica para o próximo post, que será sobre o nosso querido e amado, Zouk.









Agradeço desde já o clique de cada um que entrar nesse blog e der uma lidinha nas minhas aventuras pelo mundo artístico.



Beijocas!



Júlia Gunesch. =D